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Taguatinga –
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Principais acontecimentos da Quarta República (República Populista)
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Eurico Gaspar Dutra foi
eleito presidente pela chapa PSD/PTB, derrotando Eduardo Gomes,
da UDN, e Iedo Fiúza,
do PCB. Dutra elegeu-se escorando no apoio tímido que lhe foi dado por Getúlio
Vargas e também em virtude de deslizes cometidos por seu principal adversário,
Eduardo Gomes. Dutra assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1946, anunciando
que seria “o presidente de todos os brasileiros”1.
Em relação à economia,
destacaram-se em seu governo dois momentos distintos: no primeiro, foi aplicada
uma política econômica liberal que, depois de
queimar as reservas cambiais do país, foi substituída por uma política intervencionista que resultou em grande crescimento
econômico. Em questões de política externa, o país aliou-se incondicionalmente
aos Estados Unidos.
Em decorrência dessa aliança, o governo rompeu
relações diplomáticas com a União Soviética e passou a perseguir fortemente
sindicatos, organizações de trabalhadores e partidos de esquerda. Com isso, o
PCB foi colocado na ilegalidade, e seus políticos foram cassados.
Getúlio Vargas (1951-1954)
Getúlio Vargas retornou
à presidência do Brasil após vencer as eleições de 1950, quando derrotou o
udenista Eduardo Gomes e
o candidato do PSD Cristiano Machado.
O segundo governo de Vargas ficou marcado por uma forte crise política que abalou a sustentação de seu governo e
por inúmeras polêmicas em torno da política econômica adotada.
Economicamente, Getúlio
Vargas alinhava-se a uma postura mais nacionalista, sobretudo na exploração dos
recursos nacionais. Nessa questão, destaca-se a polêmica em torno da criação
da Petrobras, em 1953, após uma
extensa campanha popular que tinha como lema “o petróleo é nosso”. A criação dessa estatal, que monopolizava a
exploração do petróleo no Brasil, desagradou fortemente certos grupos da
política brasileira alinhados com interesses estrangeiros.
A postura de intervenção do Estado na economia
era outra questão que incomodava bastante. Essas polêmicas fortaleceram o
antigetulismo no Brasil, e Vargas teve de lidar com denúncias frequentes de
corrupção e de tentativas de implantar uma ditadura sindicalista no país.
Vargas também teve de
lidar com a insatisfação popular por
conta da alta da inflação, que destruía o poder de compra do trabalhador. A
resposta de Vargas foi a nomeação de João Goulart,
político gaúcho com alto poder de negociação com os sindicatos, para o Ministério do Trabalho e a aprovação da proposta de aumentar em 100% o
salário mínimo.
Isso gerou profunda
insatisfação nos militares, que criticavam incisivamente Vargas, e nos
udenistas. Um dos maiores nomes do antigetulismo foi Carlos Lacerda,
jornalista e dono do Tribuna da
Imprensa.
Esse jornalista foi, inclusive, o pivô da crise final do governo Vargas.
Em 5 de agosto de
1954, Carlos Lacerda foi
atacado na
porta de sua casa, na Rua Tonelero, em Copacabana, Rio de Janeiro. As
investigações descobriram que Gregório Fortunato, chefe de segurança do palácio presidencial,
havia sido o mandante do crime. Vargas passou a ser bombardeados por pedidos de
renúncia até que, em 24 de agosto de 1954, cometeu suicídio no Palácio do Catete.
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
A posse de Juscelino à presidência do Brasil só
foi possível graças ao esforço de Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra
que organizou o Golpe Preventivo de 1955, o qual acabou com qualquer
possibilidade de golpe contra o político mineiro. Essa ação foi tomada pelo
fato de terem acontecido, entre 1954 e 1955, movimentações golpistas para
impedir a realização da eleição de 1955 e para impedir a posse de JK.
Juscelino Kubitschek,
vinculado à chapa PSD/PTB, foi eleito presidente após derrotar seus
adversários: Juarez Távora,
da UDN, e Ademar de Barros,
do PSP. Seu governo ficou marcado pelo desenvolvimentismo, ou seja, por posturas econômicas que buscavam
o crescimento da economia e da indústria no país. Para alcançar esse
desenvolvimento, foi criado o Plano de Metas,
que estipulava investimentos em áreas cruciais do país, como energia e
transporte.
O resultado dos cinco
anos de governo de JK na economia foi um crescimento anual médio do PIB de 7% e um crescimento industrial de 80%. Outro destaque desse governo foi a
construção da nova capital, Brasília. A obra aconteceu em
tempo recorde e envolveu um montante gigantesco de dinheiro.
Apesar dos resultados positivos, esse governo
também ficou marcado pelo crescimento da desigualdade social no país e por
problemas graves, como o baixo investimento na educação e na alimentação, que
permaneceram como gargalos da nossa sociedade.
Jânio Quadros (1961)
Jânio Quadros foi o
primeiro e único político que a UDN conseguiu eleger no país durante a Quarta
República. Foi escolhido como candidato do partido por indicação de Carlos
Lacerda, líder do conservadorismo no país. Na eleição presidencial de 1960,
Jânio Quadros derrotou Henrique Teixeira Lott, da chapa PSD/PTB,
e Ademar de Barros,
do PSP.
O governo de Jânio foi
curto, com duração de quase sete meses. Nesse período, o presidente acumulou polêmicas com a população e com seu partido, a UDN.
Na economia tomou medidas que aumentaram o preço dos combustíveis e do pão.
Outras medidas polêmicas foram a proibição do uso de biquíni e a condecoração
de Che Guevara, líder da luta
revolucionária na América.
Esse último fato
enfureceu seu partido, que era ideologicamente conservador, isolando
politicamente o presidente. A saída encontrada por Jânio foi renunciar à presidência no dia 25 de agosto de 1961. Sua renúncia
é interpreta pelos historiadores como uma tentativa fracassada de autogolpe.
Dessa forma, o país foi jogado em uma crise política sobre a sucessão
presidencial.
João Goulart (1961-1964)
O governo de Jango (apelido
de João Goulart) foi um dos mais atribulados da história do país. Sua posse
aconteceu em meio a uma campanha política conhecida como “campanha da legalidade”, a qual defendia que Jango, vice de Jânio,
fosse empossado presidente do Brasil. A luta entre legalistas e golpistas quase
arrastou o país para uma guerra civil.
Jango assumiu a
presidência em 7 de setembro de 1961 em um regime parlamentarista. Apesar de os poderes políticos presidenciais
estarem minados pelo parlamentarismo, a partir de janeiro de 1963, o
presidencialismo teve seus poderes recuperados por meio de um plebiscito votado
pela população.
Assim, Jango teve
poderes para tentar implantar a Reforma
de Base,
um conjunto de reformas estruturais em áreas vitais do país, como sistemas
tributário e eleitoral, ocupação urbana, etc. A reforma agrária e a forma como
ela seria conduzida no país representaram o grande debate das Reformas de Base,
o qual desgastou e isolou politicamente João Goulart. Em virtude disso, seu
partido, o PTB, perdeu o apoio do PSD, que se bandeou para o lado dos
udenistas.
Enquanto as tentativas
de reforma eram debatidas, organizava-se secretamente no país um golpe contra
o presidente. Essa conspiração contava com a participação de militares, civis
e, principalmente, do grande empresariado.
Essa conspiração
golpista recebeu apoio financeiro dos
EUA, que
inclusive injetou dinheiro em candidaturas conservadoras na eleição de 1962.
Formaram-se, então, dois grupos que passaram a organizar o golpe e a difundir
um discurso para desestruturar a base do governo com a população: o Ibad (Instituto
Brasileiro de Ação Democrática) e o Ipes (Instituto de
Pesquisa e Estudos Sociais).
Em 1964, dois momentos-chave aconteceram:
1. Em 13 de março de 1964,
o presidente realizou o discurso da
Central do Brasil, no qual reassumiu seu compromisso em realizar, a
todo custo, as Reformas de Base.
2. Em 19 de março de 1964,
em São Paulo, aconteceu a Marcha da
Família com Deus pela Liberdade, uma resposta ao discurso de Jango. Esse
evento evidenciou a existência de uma parcela numerosa do país que se alinhava
às pautas conservadoras e lutava contra o governo.
A continuidade desse
processo levou, a partir de 31 de março de 1964, à conspiração para a ação do
golpe. Entre 31 de março e 2 de abril, tropas militares
realizaram as movimentações necessárias para ocupar pontos-chave do país. No
dia 2 de abril, o então presidente do Senado, Auro de Moura, declarou vaga a presidência do Brasil,
consolidando, assim, o golpe contra a democracia e contra João Goulart. Em 9 de
abril foi decretado o AI-1. No dia 15, Humberto Castello Branco assumiu como
primeiro “presidente” da Ditadura Militar.
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-populista-1945-1964.htm
Resumo
A Quarta
República, também conhecida como República Populista (nome que caiu em desuso
entre os historiadores) e República de 46, foi um período iniciado em 1946, com
a posse de Eurico Gaspar Dutra, e finalizado com o Golpe Civil-Militar que deu
início à Ditadura Militar. Ao longo dessa fase, o Brasil foi presidido por nove
presidentes, entre os quais cinco foram eleitos em eleição presidencial
(incluindo João Goulart, vice de Jânio).
Com o fim do
Estado Novo, estabeleceu-se uma democracia liberal no Brasil, a qual expressava
os valores de grupo, como bem evidenciou a Constituição de 1946. Esse período
ficou marcado por fortes tensões políticas, sobretudo na disputa travada entre
PTB/PSD e UDN, e por altas taxas de crescimento da economia.
Atividades:
1. Caracterize o governo Dutra na economia (1946-1951).
2. Explique a postura nacionalista do governo de Getúlio
Vargas (1951-1954).
3. Descreva a crise final do governo Vargas.
4. Relate a politica desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitschek. ( 1956 -1961)
5. Explique as principais polêmicas do curto periodo do
governo de Jânio Quadros (1961.
6. Caracterize a Reforma de Base do governo de Jango ( 1961
-1964).
7. Relate o processo que ocasionou o Golpe Militar contra o
presidente João Goulart em 1964.
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