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Taguatinga –
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Ensino:__________ Nota:______
Disciplina:
_______________ Prof° Edílson Luiz Rocha Valor:
Aula 01 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO TOCANTINS (CONCURSOS E
VESTIBULARES) HISTÓRIA DO TOCANTINS Fonte: PROFESSOR: ALESSANDRO GORGULHO
1) DESBRAVAMENTO E POVOAMENTO DA REGIÃO
A partir das
Grandes Navegações, iniciadas no século XV, começa a constituição de impérios
coloniais na América.
Os portugueses,
pioneiros no processo das navegações, acabaram por garantir para seus domínios
parte das novas terras descobertas através da assinatura, em 1494, do Tratado
de Tordesilhas, onde dividiu com a Espanha não apenas as terras americanas, mas
todo o mundo a ser ainda descoberto.
O tipo de
colonização aqui implantado atendia aos interesses mercantilistas da época, ou
seja, cabia à colônia ser fornecedora de riquezas para sua metrópole através da
exploração dos recursos naturais coloniais, tais como madeiras, especiarias,
ouro e pedras preciosas, além de ser uma área de comércio restrito (Pacto
Colonial).
Além da
exploração econômica, cabe ressaltar a questão da catequese. A exploração se
dava em nome do lucro e de Deus.
Foram os
franceses quem descobriram o rio Tocantins ao encontrarem sua foz, explorando-o
entre os anos de 1610 e 1613. Caminho natural em direção ao interior do Brasil,
o rio Tocantins nasce no Planalto Central e corta a região no sentido
Sul-Norte. A catequese dos nativos foi deixada a cargo do padre capuchinho
frances Yves d'Evreus. Na área hoje compreendida pelos estados do Maranhão,
Pará, Tocantins e Amazonas e com a ajuda dos índios Tupinambás tiveram a
pretensão de colonizar a Amazônia: foi a chamada França Equinocial. Nessa
época não havia nem a vila de Belém, nem as capitanias do Maranhão e Pará. Eles
subiram o Rio Tocantins pela foz, foram aprendendo a língua e os hábitos dos
indígenas da região e fundaram feitorias no Baixo e Médio Tocantins e Alto
Araguaia.
Só mais de
quinze anos depois dos franceses foi que os portugueses iniciaram a colonização
da região pela "decidida ação dos jesuítas". Eram as
chamadas descidas, movimentos de penetração do interior realizados pelos
jesuítas e incluídos, por alguns autores, no contexto do movimento bandeirante.
E ainda no século XVII os padres da Companhia de Jesus fundaram as aldeias
missionárias da Palma (atual Paranã) e do Duro (atual
Dianópolis).
Impossibilitado
de penetrar no território pela vigência do Tratado de Tordesilhas, Portugal
contratou secretamente expedições particulares, as Bandeiras. Os
bandeirantes eram mercenários que, saindo da Capitania de São Paulo, iam em
busca de riquezas, seja na forma de índios para a escravização, seja na forma
de ouro ou no pagamento por serviços prestados.
A primeira
bandeira que se dirigiu para a região estava sob o comando de Antônio Macedo e
Domingos Luís Grau; ela partiu de São Paulo em 1590 e após três anos,
provavelmente, chegou aos sertões de Goiás, no leste do Tocantins.
Foi o
bandeirante vicentino (saído da vila de São Vicente) Antônio Rodrigues Arzão o
primeiro a encontrar ouro em quantidade em Minas Gerais, no atual
município de Cataguases, em 1693; mais tarde, em 1718, encontrou-se ouro
em Cuiabá, de forma que Goiás, geograficamente situado entre as duas
capitanias, passou a ser considerado uma área que também guardava o precioso
metal em seu subsolo.
Partindo dessa
ideia o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, chamado de Anhanguera
(“diabo que põe fogo na água”]) conseguiu licença do rei de Portugal para
explorar a região. Daí vem o povoamento da região de Goiás. Anhanguera não
foi o primeiro a chegar à região, mas sim seu primeiro povoador, já que os
bandeirantes e jesuítas não se fixaram na região.
Anhanguera não
foi o primeiro bandeirante a colocar “fogo na água”. Acredita-se que tal ardil
era comum entre os bandeirantes, e que o primeiro a fazer isso foi Francisco
Pires Ribeiro.
A bandeira
comandada por Bartolomeu Bueno da Silva Filho (filho do primeiro Anhanguera)
saiu de São Paulo em 3 de julho de 1722, seguindo a rota que já era conhecida
até o Rio Grande. As dificuldades climáticas e vegetacionais do cerrado fizeram
muitos dos bandeirantes morrerem de fome, além de obrigar os sobreviventes a
comerem macacos, cachorros e até alguns dos próprios cavalos. Após várias mortes,
seja por causa da fome, doenças ou ataques de índios hostis, finalmente Anhanguera
encontrou ouro nas cabeceiras do rio Vermelho, na região da atual cidade de
Goiás. Estavam descobertas as Minas dos Goyazes. Com a descoberta de ouro,
a região logo tornou-se foco de grandes deslocamentos populacionais. Bartolomeu
Bueno da Silva foi declarado Superintendente das Minas de Goiás, ligada a São
Paulo na forma de uma Intendência. A capital era a Vila de Sant’Ana, mais tarde
chamada de Vila Boa e, depois, Cidade de Goyás. Vila Boa tinha uma densidade
irregular e instável Cabia ao Intendente manter a ordem legal e instaurar a os
tributos. No século XVII toda a região que é o atual Estado do Tocantins era habitada
por índios.
Apenas
três zonas povoaram-se com certa regularidade, sendo elas: Centro-sul, que era
composta por Sta. Cruz, Sta. Luzia (Luziânia), Meia Ponte (Pirenópolis),
Jaraguá, Vila Boa e Arraias, Pirenópolis chegou a disputar a categoria de Sede
do Governo, dada sua importância como centro de comunicações; A segunda
zona era na região de Tocantins, composta por Alto do Tocantins ou Maranhão,
Traíras, Água Quente, São José (Niquelândia), Santa Rita, Muquém, etc.
Enfim mais ao norte a capitania atingia uma extensa zona entre o Tocantins
e os chapadões limitando-se com a Bahia. Arraias, São Félix, Cavalcante,
Natividade, São José do Duro (Dianópolis), e Porto Real (Porto Nacional) o
arraial mais setentrional.
1730
e 1740 foram décadas importantes ocorrendo as descobertas de ouro no lado norte
de Goiás, formando os primeiros arraiais no território do hoje estado do
Tocantins (Natividade e Almas - 1734, Arraias e Chapada - 1736, Porto Real
e Pontal - 1738). Em 1740, Conceição, Carmo, Taboca e, mais tarde, Príncipe,
este último em 1770. Alguns como: Príncipe, Taboca e Pontal foram extintos.
Outros resistiram ao fim da mineração e no século XIX tornaram-se vilas e mais
tarde cidades.
Norte
de Goiás
O
Norte de Goiás foi visto de três formas distintas ao longo de sua evolução
histórica. Esta região (norte de Goiás) deu origem ao atual Estado do
Tocantins. Segundo a historiadora Parente (1999), esta região foi interpretada
sob três versões. Inicialmente, norte de Goiás foi denominativo atribuído
somente à localização geográfica dentro da região das Minas dos Goyazes na
época dos descobrimentos auríferos no século XVIII. Com referência ao aspecto
geográfico, essa denominação perdurou por mais de dois séculos, até a divisão
do Estado de Goiás, quando a região norte passa a ser o Estado do Tocantins.
Num
segundo momento, com a descoberta de grandes minas na região, o norte de Goiás
passou a ser conhecido como uma das áreas que mais produziam ouro na capitania.
Esta constatação despertou o temor ao contrabando que acabou fomentando um
arrocho fiscal maior que nas outras áreas mineradoras.
Por
último, o norte de Goiás passou a ser visto, após a queda da mineração, como
sinônimo de atraso econômico e involução social, gerador de um quadro de
pobreza para a maior parte da população.
Essa
região foi palco primeiramente de uma fase épica vivida pelos seus
exploradores, “que em quinze anos abriam caminhos e estradas, vasculharam rios
e montanhas, desviam correntes, desmatam regiões inteiras, rechaçaram os
índios, exploram, habitam e povoam uma área imensa....” (PALACIM, Luis,1979,
p.30)
Descoberto
o ouro, a região passa, de acordo com a política mercantilista do século XVIII,
a ser incorporada ao Brasil. O período aurífero foi brilhante, mas breve. E a
decadência, quase sem transição, sujeitou a região a um estado de abandono.
Foi
na economia de subsistência que a população encontrou mecanismos de resistência
para se integrar economicamente ao mercado nacional. Essa integração, embora
lenta, foi se concretizando baseada na produção agropecuária, que predomina até
hoje e constitui a base econômica do Estado do Tocantins (PARENTE, Temis Gomes,
1999, p.96)
Questões:
1. Explique a constituição
de impérios coloniais na América
2. Relacione a
colonização portuguesa aos interesses mercantilistas.
3. Explique a
frase: “A exploração se dava em nome do lucro e de Deus”.
4. Identifique
os povos europeus que descobriram o rio Tocantins.
5. Explique como
se deu a catequese dos nativos.
6. Descreva a
colonização da norte goiano pelos portugueses.
7. Identifique
duas cidades fundadas pelos os padres da Companhia de Jesus.
8. Explique quem
era os bandeirantes.
9. Identifique
as principais bandeiras do período.
10. Explique
quem foi o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva.
11. Descreva a descobertas
das Minas dos Goyazes.
12. Explique a
missão do Intendente.
13. Identifique
as regiões de povoamento.
14. Explique os
motivos do arrocho fiscal no Tocantins ( norte goiano)
15. Após a
mineração explique as formas de sobrevivência do povo tocantinense.
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