Empirismo
O termo Empirismo (do latim "empiria")significa experiência.
Ele foi definido pela primeira vez de modo formal e conceitual pelo pensador
inglês John
Locke (1632-1704), em seu "Ensaio Acerca do Entendimento
Humano" (1690). Na introdução, ele descreve que “só a
experiência preenche o espírito com ideias”.
Locke defende uma corrente a qual denominou "Tabula Rasa",
donde a mente seria um "quadro em branco" (tabula rasa). Sobre ele é
gravado o conhecimento, cuja base é a sensação.
Nesse processo,
a razão teria o papel de organizar
os dados empíricos obtidos pela via sensorial: “nada pode existir na mente que não
tenha passado antes pelos sentidos”.
A
veridicidade ou falsidade de um fato deve ser verificada por meio dos
resultados de experiências e observações.
Hume e o Princípio de Causalidade
Outro filósofo importante desta corrente foi o escocês David Hume (1711-1776),
que contribuiu com o “Princípio da Causalidade”.
Segundo Hume,
não existe conexão causal, e sim uma sequência temporal de eventos, a qual pode
ser analisada.
Um conceito
básico, portanto, na ciência do método
científico é que toda evidência deve ser empírica.
Ou seja, ela
deve estar sujeita a comprovação feita pelos sentidos, permitindo o
conhecimento especialmente pela experiência sensorial. Isso enfatiza o papel
desses atributos para a constituição da verdade.
Empirismo como Método Científico
Com a
valorização das experiências e do saber científico, o homem passou a buscar
resultados práticos. Essa postura levou o empirismo a assumir uma metodologia
científica rigorosa donde todas as hipóteses e teorias deveriam ser testadas
experimentalmente.
Com isso, um resultado empírico é uma experiência, o que permite a
palavra poder ser usada nas ciências como sinônimo de "experimental”.
Por outro
lado, toda afirmação metafísica deve
ser rejeitada pelo Empirismo, já que para essas afirmativas, não há
experimentação.
Desse modo,
acredita nas experiências como únicas, as quais determinarão a origem, o valor,
e os limites do conhecimento, que jamais será aceito como universal e
necessário.
Por esse
motivo, este sistema filosófico rejeita outras formas não científicas, por
exemplo, a fé ou o senso comum, como forma
de geração de conhecimentos.
Por fim, se o
que alcançamos vem da experiência, esta apenas nos corrobora um pouco sobre
como o mundo é constituído.
Portanto, é
cabal, segundo o empirismo, estarmos atentos e críticos às falsas ideias que
não podem ser averiguadas pelos sentidos.
ATIVIDADES:
1. Explique a
frase: “só a experiência preenche o espírito com ideias”. Locke
2. Descreva o papel da razão na vertente
empirista.
3. Explique o conceito
básico na ciência do método científico para a vertente empirista.
4. A filosofia cartesiana defendia principalmente a tese de ideias
inatas: trata –se de ideias que teriam nascido com o sujeito pensante e que,
por isso, dispensariam a percepção de um objeto exterior para se formarem no
pensamento. Os conceitos matemáticos e noção de Deus seriam exemplos de ideias
inatas segundo Descartes. Explique a
principal oposição da tese empirista em relação ao cartesianismo de
Descartes.
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