quarta-feira, 1 de abril de 2020

TEXTO COM ATIVIDADES: SENSO COMUM E O SENSO CRÍTICO NA FILOSOFIA



SENSO COMUM FILOSOFIA AULA 03

Senso comum e senso crítico
Ao passo que há uma certa complementaridade entre Filosofia, ciência e senso comum, visto que as duas primeiras partem deste, parece não haver ligação entre senso comum e senso crítico. Enquanto no senso crítico prevalece a desconfiança, o ceticismo, a crítica e a análise; no senso comum prevalece a aceitação do conhecimento dado e repetido.
Um cientista ou um filósofo pode partir do senso comum, desde que tenha uma visão crítica daqueles elementos que está analisando. Nesse sentido, permanecer no senso comum é estagnar, enquanto adotar uma visão crítica (ou um senso crítico) é avançar rumo a um conhecimento mais profundo.

Cultura e senso comum
A cultura é o principal elemento constituinte do senso comum (afirmação que também se evidencia na sua forma oposta, pois o senso comum é um dos principais elementos da cultura). Nesse sentido, senso comum e cultura são elementos complementares.
As afirmações propostas pelo senso comum acabam tornando-se elementos culturais, na medida em que a repetição as tornam verdadeiras. A cultura popular está cheia de elementos do senso comum. Temos, por exemplo, a afirmação causal “se pegar friagem, ficará gripado”. Essa afirmação, repetida, geralmente, pelas pessoas mais velhas, não é necessariamente verdadeira, mas enraizou-se em nossa cultura pela repetição.

Exemplos de senso comum
Podemos elencar vários exemplos de senso comum. Alguns deles estabelecem nexos causais (não necessariamente verdadeiros), outros dizem respeito a valores sociais. O fato é que o conhecimento de senso comum adquire validade mediante repetição.
Tomemos como exemplo uma pessoa que sente algum tipo de dor óssea crônica. Essa pessoa observou que sempre que a dor ficava mais aguda, chovia ou o tempo era tomado por uma frente fria. Não há um nexo causal necessário e nem elementos científicos que liguem a dor à chegada da chuva ou da frente fria, mas essa pessoa passa a dizer, por força da repetição de experiências, que “quando a dor chega, é sinal de que vem chuva ou frio”.
Outro exemplo pode ser encontrado nas plantas medicinais. Por milênios, o ser humano busca se tratar de mazelas por meio de plantas e outros elementos da natureza. Ao descobrir que o peumus boldus (conhecido como boldo) é uma planta com propriedades que estimulam a digestão e desintoxicam o sistema digestório (descobriram isso pela observação e pela repetição), passaram a utilizá-la como planta medicinal.
Na sabedoria popular, apenas o senso comum atesta essa relação, porém, estudos farmacêuticos já comprovaram a eficácia do boldo para tratamento de indigestões e intoxicações, o que resultou no desenvolvimento de fármacos à base da planta.
As ideias comuns de que mulheres são frágeis, que asiáticos são mais inteligentes, que muçulmanos são terroristas ou que índios são indolentes também são exemplos de conhecimento de senso comum, mas não têm qualquer indício de validade e são afirmações preconceituosas.
Por Francisco Porfírio
Professor de Filosofia

Questões senso comum e senso critico;

01.  Relacione o senso comum do senso critico.
02.  Dê exemplos de senso comum que está enraizado em nossa cultura.
03.  Relacione conhecimento do senso comum que foi comprovado pela a ciência.
04.  Identifique preconceitos gerados pelo o senso comum na atualidade.

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